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Lula da Silva desaparece de lista de pessoas que promovem propaganda russa

epa10067956 Supporters of the former president of Brazil and candidate for the next elections, Luiz Inacio Lula da Silva, attend the event titled 'Let's go together for Brazil' in the city of Brasilia, Brazil, 12 July 2022. Former Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva asked his followers on Tuesday to avoid 'provocations' by supporters of President Jair Bolsonaro, after the murder of a leftist militant.  EPA/Joedson Alves

São Paulo, 27 jul 2022 (Lusa) - O nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de constar numa lista com personalidades acusadas de promoverem propaganda russa, formulada pelo Centro de Combate à Desinformação, que integra o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia.

A informação sobre a retirada do nome do ex-presidente brasileiro foi divulgada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, que também questionou o governo de Kiev, por email, sobre o caso, mas não obteve resposta.

O ex-presidente brasileiro terá sido incluído na lista por ter declarado numa entrevista à revista Time que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, era tão culpado quanto o Presidente russo, Vladimir Putin, pela guerra na Ucrânia.

"Fico vendo o Presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Essa cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado", disse o ex-presidente Lula da Silva.

O Governo ucraniano também alegava que o líder progressita brasileiro teria dito que a Rússia "deve liderar a nova ordem mundial", mas tal comentário foi negado pela assessoria do ex-presidente, que disse à Lusa que esta frase nunca foi proferida por ele e defendeu que a primeira razão apontada por Kiev está descontextualizada.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,9 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

CYR (MIM) // JH

Lusa/Fim