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Ucrânia: UE sanciona sete pessoas e cinco organizações por manipularem informação

Bruxelas, 28 jul 2023 (Lusa) -- O Conselho da União Europeia (UE) aplicou hoje restrições a sete pessoas e cinco organizações russas "responsáveis por levar a cabo uma campanha digital de manipulação" e distorcer informações sobre a invasão à Ucrânia.


Em comunicado, o Conselho da UE anunciou que "decidiu impor medidas restritivas contra sete pessoas e cinco entidades russas responsáveis por levar a cabo uma campanha digital de manipulação da informação chamada 'Recent Reliable News' ['Notícias Recentes de Confiança' em português]".


Na ótica de Bruxelas, a campanha tinha como propósito "distorcer informações" e espalhar "propaganda em apoio à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia".


Bruxelas sancionou a Inforos, um órgão de comunicação social com proximidade do serviço de informações militares russo e que é "responsável pela criação de mais de 270" media que funcionam como intermediários, assim como três fundadores.


A ANO Dialog, uma organização russa criada pelo Departamento de Informação e Tecnologia de Moscovo com linha direta para o Kremlin, o Instituto da Diáspora Russa, a Social Design Agency e Structura National Technologies, também estão incluídas na lista de restrições.


Na campanha de desinformação, de acordo com o comunicado, participaram "organismos governamentais ou organismos filiados ao Estado russo" e operação tinha por base "páginas web falsas que usurpam a identidade de órgãos de comunicação social nacionais e de páginas web governamentais", assim como a criação de contas falsas nas redes sociais: "Esta manipulação de informações coordenada e direcionada faz parte de uma campanha híbrida mais vasta conduzida pela Rússia contra a UE e os Estados-membros."


Citado no comunicado, o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, afirma que a inclusão destas pessoas e organizações na lista de restrições vai "enviar um sinal forte" de que Bruxelas sabe "como essas pessoas manipulam o espaço de informação e como operam".


"Mantemo-nos firmes na nossa determinação em prevenir, dissuadir e responder com eficácia a estas ameaças através de novos instrumentos", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.


Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia em final de fevereiro do ano passado, a UE já sancionou cerca de 1.800 pessoas e organizações, que ficaram sujeitas ao congelamento de bens e proibidos de receber fundos de cidadãos e empresas dos 27, assim como de viajar para ou atravessar o território da UE.


Bruxelas espera que esta lista diminuía a disseminação de propaganda sobre a guerra que a Rússia iniciou no território ucraniano e que provocou o maior êxodo dentro em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.



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Lusa/Fim