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UE denuncia ciberespionagem conduzida pela Rússia e ameaça impor sanções

epa09149725 Russian policemen block Red Square and Moscow Kremlin in preparation for a possible opposition rally and prevention of riots in Moscow, Russia, 21 April 2021. Unauthorized rallies in support of Alexei Navalny are to be held throughout Russia. Russian opposition leader Alexei Navalny has been transferred from the penal colony No. 2 (IK-2) in Pokrov, Vladimir region, to the regional prison hospital in IK-3 in Vladimir for receiving vitamin therapy. The decision was taken amid Navalny's hunger strike and announced by his team members fearing for his life.  EPA/MAXIM SHIPENKOV

Bruxelas, 24 set 2021 (Lusa) -- A União Europeia (UE) denunciou hoje ações de ciberespionagem "inaceitáveis" conduzidas pela Rússia contra vários responsáveis políticos europeus, admitindo estar a considerar medidas sancionatórias contra Moscovo.

"Alguns Estados-membros da UE observaram atividades cibernéticas maliciosas, coletivamente mencionadas pela designação 'Ghostwriter', e estão a associá-las ao Estado russo", referiu o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, numa declaração divulgada em nome dos 27 Estados-membros do bloco comunitário.

"Estas atividades são inaceitáveis, uma vez que procuram ameaçar a nossa integridade e a nossa segurança, os valores e os princípios democráticos e o funcionamento fundamental das nossas democracias (...) em particular ao permitir a desinformação e a manipulação da informação", sublinhou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança na mesma declaração.

De acordo com Bruxelas, as ações de ciberespionagem em questão, que envolveram acessos indevidos a sistemas informáticos e a contas de 'email' pessoais, mas também roubo de dados, visaram parlamentares, funcionários, políticos, jornalistas e membros da sociedade civil.

A Alemanha, que vai a votos no domingo, já tinha acusado os serviços secretos russos da realização de ataques de 'phishing' (técnica de fraude 'online' realizada com o intuito de obter informações confidenciais) contra parlamentares alemães, tendo ainda denunciado tentativas para influenciar as eleições federais germânicas do próximo dia 26 de setembro.

A justiça alemã decidiu abrir uma investigação "por suspeita de atividades conduzidas por serviços de informações estrangeiros".

"A UE e os seus Estados-membros denunciam veementemente estas atividades cibernéticas maliciosas, que devem ser imediatamente interrompidas por todas as partes envolvidas", insistiu Josep Borrell, sublinhando ainda que os 27 instam a Federação Russa "a aderir às normas de comportamento responsável dos Estados no ciberespaço".

"A UE voltará a esta questão em futuras reuniões e irá considerar novas medidas", concluiu.

 

Sofia Castro