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Universidade da Beira Interior desenvolve sistema para combater a desinformação

epa11496692 A journalist employed by Nine Publishing is  on strike outside their office in the Docklands in Melbourne Australia, 26 July 2024. Staff are on strike after Nine Publishing was unable to reach a deal on a new enterprise bargaining agreement.  EPA/DIEGO FEDELE  AUSTRALIA AND NEW ZEALAND OUT

Covilhã, Castelo Branco, 14 mar 2025 (Lusa) - A Universidade da Beira Interior (UBI), com sede na Covilhã, está a desenvolver uma ferramenta que pretende combater a desinformação através da proteção e autenticação de imagens, informou a instituição.

O projeto Watermark (Cryptographic Mechanisms for Robust Image Watermarking) visa investigar a combinação de técnicas de criptografia com modelos de visão computacional para permitir a incorporação em imagens de marcas-d'água invisíveis que não desapareçam quando lhe são feitas alterações, como cortes, aplicação de filtros, alteração da dimensão ou alteração do formato.

Em caso de manipulação maliciosa, essas imagens são destruídas.

Segundo a UBI, a investigação vai permitir o desenvolvimento de um sistema inovador.

De acordo com a instituição, em comunicado enviado à agência Lusa, o projeto vai materializar-se "através da criação de uma aplicação web aberta ao público, para proteção e verificação da autenticidade de conteúdos visuais, essencial para salvaguardar a integridade da informação divulgada por entidades da administração pública e, assim, mitigar a disseminação de desinformação".

A equipa, que inclui vários investigadores da Universidade da Beira Interior, e conta com o apoio do Centro Nacional de Cibersegurança, pretende que a aplicação funcione em duas vertentes.

O professor do Departamento de Informática da UBI João Neves explicou que, por um lado, se vai trabalhar na certificação, permitindo que o utilizador carregue uma imagem para a plataforma e a mesma devolva a imagem com a marca-d'água incorporada, para ser usada como a pessoa quiser.

Por outro, vai fazer verificação, tornando possível que o utilizador que quer saber se uma imagem presente numa notícia ou publicação nas redes sociais é verdadeira a possa carregar para a plataforma, verificando se contém a marca de água e qual foi a entidade que a incluiu.

A investigação foi aprovada no âmbito do concurso "Inteligência Artificial, Ciência dos Dados e Cibersegurança de relevância na Administração Pública", promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

A UBI, sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, leciona a licenciatura em Inteligência Artificial e Ciência de Dados e ministra cursos não conferentes de grau, como "Introdução ao ChatGPT na administração pública", "Introdução à ciência de dados" e "Introdução à aprendizagem automática e ciência de dados com python".

Ana Rodrigues