Uso indevido de GenIA pode resultar em 40% das fugas de dados até 2027
Lisboa, 28 fev 2025 (Lusa) -- Cerca de 40% das violações de dados relacionadas com inteligência artificial (IA) serão causados pelo uso indevido de IA generativa (GenIA), revela uma previsão até 2027, avançada pela consultora Gartner.
De acordo, com os investigadores, a rápida adoção das tecnologias GenIA pelos utilizadores finais ultrapassou o desenvolvimento de medidas governamentais e de segurança de dados, o que pode levantar preocupações sobre a localização dos dados.
"Transferências de dados internacionais não intencionais geralmente ocorrem devido à supervisão insuficiente, principalmente quando a GenIA é integrada em produtos existentes sem descrições ou anúncios claros", disse em comunicado o vice-presidente da Gartner, Joerg Fritsch.
O estudo salienta a falta de melhores práticas e padrões globais consistentes para a IA, causando a fragmentação do mercado e forçando as empresas a desenvolver estratégias específicas para cada região.
"A complexidade de gerenciar fluxos de dados e manter a qualidade devido a políticas de IA localizadas pode levar a ineficiências operacionais", refere o Joerg Fritsch.
Para o responsável as organizações devem investir em medidas de segurança avançadas de IA para proteger dados confidenciais e garantir a conformidade, o que poderá levar ao crescimento nos mercados de serviços de segurança.
De forma a mitigar os riscos de violações de dados de IA, principalmente devido ao uso indevido de GenIA transfronteiriço, o estudo recomenda várias estratégias como o estabelecimento de comités de governação ou fortalecer a segurança dos dados através da tecnologia.
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