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Zuckerberg defende Facebook e responsabiliza Trump por assalto ao Capitólio

Picture taken on May 12, 2012 in Paris shows an illustration made with figurines set up in front of Facebook's homepage. Facebook, already assured of becoming one of the most valuable US firms when it goes public later this month, now must convince investors in the next two weeks that it is worth all the hype. Top executives at the world's leading social network have kicked off their all-important road show on Wall Street -- an intense marketing drive ahead of the company's expected trading launch on the tech-heavy Nasdaq on May 18.  AFP PHOTO/JOEL SAGET (Photo by Joël SAGET / AFP)        (Photo credit should read JOEL SAGET/AFP/Getty Images)

Washington, 25 mar 2021 (Lusa) -- O criador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu hoje o papel da sua empresa durante o processo eleitoral de 2020 nos Estados Unidos e nos meses seguintes, culpando o ex-Presidente Donald Trump pelo assalto ao Capitólio.

"Cumprimos o nosso trabalho para garantir a integridade das eleições. Então, no dia 06 de janeiro, o Presidente Trump fez um discurso no qual recusou os resultados e pediu às pessoas que lutassem", afirmou Zuckerberg, durante uma audição perante a Câmara de Representantes dos EUA.

O principal executivo da rede social foi chamado a testemunhar juntamente com os chefes do Twitter, Jack Dorsey, e da Google, Sundar Pichai, sobre as responsabilidades das suas empresas na disseminação de informações falsas e extremismo político na Internet.

"Podemos não ser capazes de suprimir todos os conteúdos proibidos pelas nossas normas de uso da comunidade, mas posso assegurar-lhes que tornamos os nossos serviços inóspitos para aqueles que queriam provocar danos", vincou Zuckerberg aos congressistas.

As redes sociais foram apontadas como uma ferramenta necessária para o assalto ao Capitólio de 06 de janeiro, no qual morreram cinco pessoas, já que foi através delas que os promotores coordenaram e apelaram à participação.

Além disso, o Facebook também é proprietário do Instagram e WhatsApp e, apesar de nos últimos tempos ter aumentado a moderação de conteúdo nas suas plataformas, os ativistas e políticos, na sua maioria progressistas, criticam que não faz o suficiente.

Ao mesmo tempo, as posições conservadoras consideram que essas práticas de moderação são na realidade uma censura encoberta, dedicada a suprimir as redes sociais dos pontos de vista de direita e que não correspondem com a ideologia da maioria das empresas e trabalhadores de Silicon Valley, região do estado da Califórnia que alberga gigantes da tecnologia e 'start-ups'.

Nesse sentido, o Facebook, Twitter e YouTube foram duramente criticados pelo Partido Republicano por terem proibido permanentemente as contas do ex-Presidente Trump, algo que fizeram depois do ataque de 06 de janeiro e quando ainda estava no cargo.

"Estou preocupado que as redes possam suprimir as vozes de líderes eleitos", indicou Zuckerberg sobre essa questão, embora a sua plataforma seja uma das que mantém Trump banido.

 

André Guerra