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Não vacinados estão a impulsionar pandemia e a aumentar “hesitação vacinal”

epa09597848 Commissioner for Health and Food Safety Stella Kyriakides delivers a speech during a plenary session at the European Parliament in Strasbourg, France, 22 November 2021  a plenary session at the European Parliament in Strasbourg, eastern France, 22 November 2021, where MEPs debated the recent developments and next EU steps in combatting the COVID-19 pandemic. The European Parliament during its sessions from 22-25 November 2021 will also dicuss the Glasgow Climate Pact, will see Belarusian opposition leader Sviatlana Tsikhanouskaya speaking about the Situation in Belarus on 24 November and discuss other European policy and security topics.  EPA/JULIEN WARNAND

Bruxelas, 22 nov 2021 (Lusa) -- A pandemia da covid-19 está atualmente a ser impulsionada sobretudo pelos não vacinados, e o número crescente de casos está, por sua vez, a aumentar a "hesitação vacinal", advertiu hoje a comissária europeia da Saúde no Parlamento Europeu.

Intervindo num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre a covid-19, a comissária Stella Kyriakides começou por assumir que "toda a União Europeia" é confrontada hoje com "um número preocupantemente crescente de casos" e sublinhou que "gostaria de começar por enviar uma mensagem muito clara sobre o papel das vacinas, porque as provas são claras".

"A vacinação funciona e continua a ser a ferramenta mais eficaz de que dispomos para manter as pessoas seguras. Não há dúvidas de que as nossas vacinas são eficazes contra formas graves da doença [...] e mesmo com a variante dominante Delta, com a sua maior transmissibilidade e gravidade, as mortes continuam a ser evitadas graças às vacinas eficazes autorizadas para utilização na UE", argumentou, reforçando que tal é apoiado "por todas as provas científicas".

A comissária europeia da Saúde observou então que, atualmente, "a pandemia é impulsionada principalmente pelos não vacinados, e os números crescentes estão infelizmente a alimentar a hesitação vacinal", e defendeu que é preciso "tomar uma posição firme", combatendo a desinformando (ou "fake news") e aumentando a consciencialização de que "a vacinação continua a ser uma arma fundamental" no "arsenal" contra a pandemia.

A comissária admitiu que, "ao mesmo tempo, até que tenham sido atingidas taxas de vacinação suficientemente elevadas e a situação esteja sob controlo, têm de permanecer em vigor intervenções não-farmacêuticas relevantes onde tal se revelar necessário", e observou que "muitos Estados-membros já começaram a reintroduzir certas medidas restritivas, confiando frequentemente no certificado digital covid-19 da UE para permitir o acesso seguro a áreas públicas".

Fazendo a defesa do certificado da UE -- que, argumentou, é "o maior sistema interoperável de certificados digitais covid-19 do mundo" -, Kyriakides enfatizou que é necessário manter a coordenação entre os 27 e "evitar a fragmentação" face à nova vaga, e adiantou que a Comissão Europeia está a finalizar uma atualização das recomendações relacionadas com a livre circulação dentro da UE.

"A proposta, a ser adotada esta semana, irá promover e reconhecer o importante papel do certificado digital covid-19 da UE que os viajantes transportam atualmente. Atualizaremos também a recomendação sobre viagens para a UE a partir de todo o mundo", revelou.

A comissária concluiu a sua intervenção reclamando mais poderes ao nível europeu na área da Saúde, comentando que Bruxelas não pode impor coordenação num domínio em que as competências são maioritariamente dos Estados-membros.

"Na área da Saúde, não são precisos dois para dançar o tango, são precisos 27", disse.

No contexto da União Europeia da Saúde, propusemos um Comité de Segurança da Saúde mais forte. Este organismo tem desempenhado um papel crucial nesta pandemia, mas precisa de ser reforçado para melhor apoiar uma resposta comum a nível da UE e uma melhor coordenação da comunicação dos riscos ainda mais.

"Precisamos de chegar a um acordo político sobre todas as propostas em torno da União Europeia da Saúde o mais rapidamente possível. Esta é a forma mais segura de construir uma União melhor preparada, mais resistente, e mais reativa face a futuras crises", declarou.

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Lusa/fim