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Chega, autor e vítima de desinformação nas europeias

epa11393288 President of Chega Party Andre Ventura (C), is questioned by an immigrant during a rally as part of the campaign for the European elections, in Povoa de Varzim, portugal, 06 June 2024. In Portugal, the European elections takes place on June 9 and will be contested by 17 parties and coalitions.  EPA/ESTELA SILVA

Lisboa, 29 jun 2024 (Lusa) – O Chega foi autor e vítima de desinformação na campanha para as europeias de junho e André Ventura o primeiro líder político em Portugal alvo de manipulação de voz com inteligência artificial (IA), concluiu o MediaLab.

“Houve várias situações em que o Chega propiciou a desinformação. É um bocadinho como aquela expressão popular: ‘Quem com ferro mata com ferro morre’”, afirmou à Lusa o sociólogo e coordenador do MediaLab, instituto de estudo de ciências da comunicação integrado no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que desenvolveu o projeto com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) para detetar e prevenir eventuais notícias falsas antes das europeias.

Apesar de considerados pouco graves, os investigadores registaram vários casos durante a campanha, dois deles envolvendo o Chega.

Um vídeo originário da Síria com uma estátua da Virgem Maria, datado de 2013 e divulgado na campanha eleitoral das europeias nas redes sociais do Chega, foi considerado como desinformação pelos especialistas E André Ventura, líder do Chega, foi o primeiro líder político em Portugal cuja voz foi manipulada por inteligência artificial (IA) num vídeo de publicidade enganosa com conteúdo político, num caso claro de desinformação com motivação económica.

“A tentação de utilizar dimensões desinformativas”, que deram sucesso ao Chega nas redes sociais, teve como consequência “ser a vítima central da desinformação nestas eleições”.

O partido de Ventura e os seus candidatos “foram mais atacados” pela via desinformativa, disse Gustavo Cardoso.

O MediaLab e a Comissão Nacional de Eleições assinaram um protocolo para o período da campanha das europeias, e a que a Lusa se associou, com o objetivo de detetar e prevenir eventuais notícias falsas até ao dia da votação.