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Covid-19: Facebook lança campanha contra a desinformação em África

epa03734736 (FILE) A file picture dated 10 April 2012 shows an Apple iPhone 4 running the Instagram app as held in front of a Facebook logo on a computer monitor in Hanover, Germany. According to media reports, a secret intelligence program called 'Prism' run by the US Government's National Security Agency has been collecting data from millions of communication service subscribers through access to many of the top US Internet companies, including Google, Facebook, Apple and Verizon. Reports in the Washington Post and The Guardian state US intelligence services tapped directly in to the servers of these companies and five others to extract emails, voice calls, videos, photos and other information from their customers without the need for a warrant.  EPA/JULIAN STRATENSCHULTE *** Local Caption *** 50491312

Joanesburgo, 05 abr 2021 (Lusa) - A rede social Facebook e a Organização Mundial da Saúde (OMS) vão lançar uma campanha para combater a desinformação sobre a pandemia e as vacinas contra a covid-19 em África, foi hoje anunciado.

"Hoje, em vários países africanos, o Facebook está a lançar uma nova campanha em parceria com a OMS intitulada 'Juntos contra a desinformação covid-19'", adiantou em comunicado a empresa de Mark Zuckerberg.

A campanha irá decorrer em inglês e francês na África do Sul, Zimbábue, Zâmbia, Uganda, Quénia, Ruanda, Nigéria, Senegal, Costa do Marfim e República Democrática do Congo, e irá surgir no Facebook através de uma série de gráficos com dicas sobre como detetar notícias falsas.

"Assegurar que os utilizadores estão a receber informação validada sobre as vacinas covid-19 é apenas um dos trabalhos que estamos a fazer no Facebook", disse Aïda Ndiaye, diretora de Políticas Públicas da empresa.

"Vamos continuar a trabalhar com especialistas da indústria e pessoas nas nossas plataformas para assegurar que estamos a combater agressivamente a desinformação, e a dar às pessoas recursos adicionais para escrutinar os conteúdos que veem online, ajudando-as a decidir o que ler, confiar e partilhar", acrescentou.

O escritório regional para África da OMS tem também em funcionamento desde fim de março a campanha "Viral Facts Africa", a primeira iniciativa africana para combater a desinformação "online" sobre saúde.

De acordo com a OMS África, a Viral Facts Africa vai aproveitar os conhecimentos e o alcance de uma rede de 14 organizações para combater a desinformação em torno da vacinação contra a covid-19.

A iniciativa prevê a verificação de factos de saúde, explicadores, desmistificação de falsas ideias e mensagens de literacia de desinformação que serão otimizadas para serem partilhadas no Facebook, Twitter e Instagram.

"As falsas alegações podem espalhar-se mais rapidamente do que a própria covid-19, muitas vezes porque são simples, visuais e exploram as nossas emoções", defendeu durante o lançamento a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

Por isso, prosseguiu, a "'Viral Facts África' visa desmascarar rapidamente os mitos e ajudar as pessoas a separar os factos que salvam vidas".

Informação sobre covid-19 foi partilhada e vista mais de 16 mil milhões de vezes e mencionada mais de 6 milhões de vezes no Twitter e em sites de notícias na Internet entre novembro de 2020 e março de 2021 nos 47 países da região Africana da OMS, segundo o UN Global Pulse, a iniciativa global do secretário-geral das Nações Unidas sobre grandes dados e inteligência artificial.

Do mesmo modo, na região africana da OMS, as menções às vacinas aumentaram mais de 300%, para mais de 675 000 entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, em comparação com os dois meses anteriores.

Durante a fase de testes, os serviços da Viral Facts Africa foram vistos mais de 20 milhões de vezes nos meios de comunicação social.

Os serviços estão abertos a qualquer pessoa e disponíveis em inglês e francês, estando prevista a inclusão de mais línguas.

A Viral Facts Africa faz parte da África Infodemic Response Alliance (AIRA), uma rede da OMS, que coordena ações e reúne recursos para combater a desinformação sobre pandemia de covid-19 e outras emergências de saúde em África.

 

Cristina Fernandes