É essencial responder rapidamente às ‘fake news’ porque essa guerra não vai ser ganha
Lisboa, 09 out 2019 (Lusa) - O presidente do conselho de administração da Agência Lusa, Nicolau Santos, considerou hoje que é "essencial responder rapidamente" à informação falsa, já que a guerra contra as 'fake news' é uma batalha que não vai ser ganha.
"Não vamos ganhar essa guerra, podemos é encontrar meios de lhe responder mais rapidamente e eficazmente em cada momento e desmontar a informação falsa", disse Nicolau Santos, antecipando a conferência que vai decorrer na segunda-feira, em Cabo Verde, sobre este tema.
"Com a disseminação das redes sociais, com o acesso em todo o mundo às redes sociais, produzindo informação sobre um país estando às vezes num outro, é uma batalha que jamais poderá ser ganha, a não ser que se faça como a China, que interditou o seu espaço geográfico às grandes redes sociais, como a Google ou o Facebook", disse Nicolau Santos.
"Como provavelmente os países ocidentais não irão por esse caminho, porque isso tem a ver com os direitos dos cidadãos, nós que trabalhamos na comunicação social institucional, o que temos de fazer é estar muito atentos, fazer o nosso trabalho cada vez melhor, e ao mesmo tempo, sempre que aparece alguma informação incorreta, tentar desmontá-la rapidamente e dar a informação correta", acrescentou.
O presidente do conselho de administração falava à Lusa antecipando a sua participação, juntamente com a diretora de informação da agência, na conferência sobre 'fake news' organizada pela Inforpress, a agência de notícias de Cabo Verde, na segunda-feira, na Cidade da Praia.
Antes, na sexta-feira, a Lusa organiza uma conferência sobre a economia de Cabo Verde, um país ao qual a agência tem estado "particularmente atenta".
"Surgiu esta hipótese de fazermos duas ações em Cabo Verde, um mercado ao qual temos estado particularmente atentos devido às ligações de há muitos anos. Será uma conferência em parceria com o Governo, claramente sobre a economia, olhando para o futuro de Cabo Verde do ponto de vista económico, da economia do mar, a economia 3.0, as áreas tecnológicas, as redes, o que Cabo Verde pode oferecer ao mundo, e o turismo, que é incontornável", disse Nicolau Santos.
A conferência, que será aberta pelo primeiro-ministro, conta com a participação de vários governantes e da empresária angolana Isabel dos Santos, para além do economista português Manuel Ennes Ferreira, e será encerrada pelo Presidente da República de Cabo Verde.
"A marca de água da Lusa é a informação que produzimos nos países de língua oficial portuguesa, produzimos muita informação em Portugal, mas aquilo que nos torna distintivos no plano internacional é a informação que fazemos e produzimos nos países africanos de língua oficial portuguesa, portanto tudo aquilo que sirva para aumentar a nossa presença nesses países, para aumentar o prestígio da Lusa nesses países, para mostrar aos nossos parceiros internacionais que a Lusa está presente e que é a agência que está mais implantada e a que produz melhor, e de forma mais atempada e fidedigna, tudo isto serve para concretizar a nossa estratégia", concluiu o jornalista.
Mário Baptista