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Facebook ensaia no Brasil menor visibilidade de conteúdos políticos

epa08624242 A Facebook application icon is seen on a mobile phone in Bangkok, Thailand, 25 August 2020. Facebook announced preparations for legal action against the Thai government after it demanded the social media platform to block users within Thailand to access the one million members of the 'Royalist Marketplace' Facebook group alleged of critical the king. The 'Royalist Marketplace' Facebook group was created by a Thai self-exiled academic and monarchy critic, Pavin Chachavalpongpun who is currently working as an associate professor in Japan.  EPA/RUNGROJ YONGRIT

São Francisco, Estados Unidos, 11 fev 2021 (Lusa) - A rede social Facebook admite reduzir a visibilidade de conteúdos políticos na sua plataforma, e já a partir desta semana irá testar novas soluções junto de utilizadores do Brasil, Canadá e Indonésia.

O anúncio foi feito na quarta-feira no site do Facebook pela diretora de produtos da empresa, Aastha Gupta, que justificou a decisão com o facto de a maioria dos utilizadores não estarem interessados em conteúdos políticos, segundo indicam dados de navegação recolhidos.

Nos próximos meses, adiantou, para "entender melhor as diferentes preferências" dos utilizadores e experimentar diferentes abordagens, o Facebook irá reduzir já a partir desta semana, temporariamente, a um pequeno grupo de utilizadores - no Brasil, Canadá e Indonésia - conteúdos políticos no canal de notícias da rede social.

O mesmo será feito, nas próximas semanas, nos Estados Unidos, adiantou a empresa dirigida por Mark Zuckerberg, que estima em apenas 6% a percentagem de conteúdos políticos no total de partilhas na rede social.

De acordo com a empresa, os referidos conteúdos não serão eliminados, mas terão menor visibilidade, não aparecendo no topo das notícias ou nas recomendações aos utilizadores.

Com base nas informações recolhidas junto destes utilizadores, será tomada a decisão de alargar a nova política ao público em geral.

O Facebook tem sido criticado, juntamente com outras redes sociais, por não impedir a disseminação de notícias falsas e conteúdos incitando à violência, mas também por utilizadores que consideram terem sido banidos, ou as suas publicações apagadas, indevidamente.

Em Outubro de 2020, a empresa criou um Conselho de Supervisão, que já recebeu mais de 150 mil queixas, encarregue de rever decisões da rede social de retirar conteúdo considerado questionável, nas suas várias plataformas, em que se inclui também o Instagram.

As decisões do Conselho são vinculativas, pelo que a rede social terá de acatá-las, mas o trabalho do órgão de supervisão do Facebook tem sido recebido com ceticismo, dado o nível de desinformação e extremismo que as publicações na rede social atingiram.

O órgão de supervisão da rede social com mais utilizadores no mundo não decidiu ainda sobre o principal caso que tem em mãos, o de suspensão por tempo indeterminado da conta do ex-presidente Donald Trump.

O co-presidente do organismo, Michael McConnell, afirmou recentemente que a análise do caso já começou, mas que está "numa fase extremamente inicial".

O encerramento da conta de Trump foi decidido na sequência da invasão do Capitólio, a 06 de janeiro por apoiantes do ex-presidente, na altura em que era confirmada a vitória eleitoral de Joe Biden, que os invasores consideravam fraudulenta.

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Lusa/Fim