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Ataques no ciberespaço minam confiança dos cidadãos

O embaixador para a Ciberdiplomacia, Luís Barreira de Sousa, intervém durante a Conferência

Lisboa, 21 fev (Lusa) -- O embaixador para a ciberdiplomacia, Luís Barreira de Sousa, afirmou hoje que os ataques no ciberespaço comprometem a confiança dos cidadãos e enfraquecem o estado de direito, obrigando o debate a centrar-se também sobre a liberdade de expressão.

Os ataques dirigidos às instituições democráticas e partidos políticos "podem ser gravíssimos, prejudicar a integridade do voto, minar a confiança dos cidadãos e dos eleitores e enfraquecer o estado de direito", sublinhou o embaixador, responsável em Portugal pelo sistema de alerta rápido de campanhas de desinformação que a União Europeia está a implementar.

Durante a sua intervenção na conferência "Combate às Fake News. Uma questão democrática", organizado pelas agências Lusa e Efe, Luís Barreira de Sousa considerou que o combate à desinformação "pode pôr em perigo características do ciberespaço", nomeadamente no que respeita à liberdade de expressão.

Este valor, que era considerado universal, "não é necessariamente comungado por toda a gente", notou o embaixador, destacando que se vive "um período difícil" marcado por um confronto entre dois modelos de organização da Internet: um, defensor da liberdade de expressão, e outro baseado na "soberania digital" e no "controlo da expressão".

Admitindo que o ciberespaço "é extremamente vulnerável ao abuso", Luís Barreira de Sousa sublinhou que a deslocação da atividade maliciosa para as instituições democráticas obriga também a procurar respostas.

"Esta ação concertada, ao nível da desinformação, para enfraquecer a confiança dos cidadãos no estado de direito democrático e suas instituições levou a União Europeia a tomar medidas preventivas" tendo em vista os atos eleitorais que vão decorrer, em 2019 e 2020, entre os quais, já em maio, as eleições para o Parlamento Europeu.

 

Raquel Rio (texto) e Tiago Petinga (foto)