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Marisa Matias defende apoio a jornalistas para evitar “informação fácil”

Estrasburgo, França, 16 abr 2019 (Lusa) -- A bloquista Marisa Matias defendeu hoje a proteção de jornalistas para evitar "informação fácil e viral" nas redes sociais, enquanto os eurodeputados Carlos Coelho e José Inácio Faria pediram mais cibersegurança contra as 'fake news' na campanha eleitoral.

O tema das notícias falsas (as chamadas 'fake news') esteve hoje em foco na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, num debate sobre a proteção da integridade das eleições europeias de final de maio, em particular no que diz respeito às ameaças internacionais à cibersegurança.

Intervindo no debate, a eurodeputada do BE, Marisa Matias, sublinhou que, "enquanto não se defender o direito à informação e não se proteger os jornalistas e o jornalismo estão a criar-se espaços para que a informação fácil, viral e sem qualquer verificação nas redes, à qual toda a gente tem acesso muito mais fácil por via das redes sociais, continue a proliferar".

"Precisamos de medidas de cibersegurança, mas também de ações que tenham a ver com a educação digital, de proteger o jornalismo e de mais democracia", vincou a bloquista.

Para Marisa Matias, "as 'fake news' e a sua ingerência nos processos eleitorais combatem-se através de cibersegurança, mas não apenas", pelo que pediu medidas para "combater as manipulações internas".

Falando na ocasião, o eurodeputado do PSD Carlos Coelho defendeu a necessidade de "garantir a segurança da infraestrutura dos sistemas eleitorais blindados a qualquer ataque informático" e dos cidadãos, exigindo "das plataformas digitais os mais elevados padrões".

"Temos de combater as campanhas de desinformação e as notícias falsas, apelando à responsabilidade dos media tradicionais e das redes sociais", acrescentou Carlos Coelho.

Notando que, nestas eleições, "os cidadãos terão de escolher que Europa querem para enfrentar os desafios de futuro", Carlos Coelho assinalou que "essa escolha tem de ser livre".

E vincou: "Não sejamos ingénuos. Há quem queira destruir o projeto europeu e temos forças externas que querem eliminar a UE [...] e, como vimos em eleições recentes, essas forças estão dispostas a usar todos os meios à disposição, sobretudo no mundo digital".

Por seu lado, o eurodeputado José Inácio Faria, eleito pelo MPT, notou que "o risco de manipulação das próximas eleições europeias por 'fake news', campanhas de desinformação e ataques informáticos é amplificado ainda pela influência de países de fora da UE".

"A UE, que durante muito tempo escolheu a pior das ações para lidar com as ciberameaças internacionais, a fingir que não existiam, não pode agora, após escândalos como o Cambridge Analytica, ignorar o impacto dos algoritmos do Facebook e da Google nas democracias europeias, nem na formação da opinião pública, especialmente dos jovens, com recurso a aplicações que automatizam e massificam discursos de ódio, fortalecendo eurocéticos e populistas", adiantou José Inácio Faria.

ANE // JPF

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