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Twitter recusa campanha do governo francês para as eleições europeias

epa06914811 A view of a logo for the company Twitter on the floor of the New York Stock Exchange in New York, New York, USA, on 27 July 2018. Shares of the social media company fell over 20 percent after reporting a decline in active users.  EPA/JUSTIN LANE

Paris, 02 abr (Lusa) - Uma campanha do Ministério do Interior francês a incentivar à participação nas eleições europeias, agendadas para maio, foi recusada pela rede social Twitter que alegou incapacidade de cumprir uma lei anti-'fake-news' recentemente aprovada em França, foi hoje divulgado.

Coordenada pelos serviços de informação governamentais (SIG, na sigla francesa), a campanha "#Ouijevote" ("#Simeuvoto", na tradução em português) foi criada para incentivar a inscrição dos cidadãos franceses nos cadernos eleitorais para o escrutínio europeu que em França está marcado para 26 de maio.

Segundo a agência noticiosa France Presse (AFP), que cita uma fonte governamental, a rede social Twitter não recusou a campanha do Ministério do Interior francês por considerar que a ação contém informações falsas ou manipuladas, mas sim porque alega ser incapaz de respeitar certas obrigações da lei "relativa à manipulação de informação", adotada pelo parlamento no outono passado e promulgada em finais de dezembro último.

A lei impõe, entre outros aspetos, que as principais plataformas digitais (como Google, Facebook ou Twitter) forneçam informações sobre as campanhas de teor político que possam difundir e promover ao abrigo de um financiamento, de forma a evitar manipulações e ingerências eleitorais.

O motor de busca Google e a rede social Facebook tomaram medidas nesse sentido, mas, segundo explicou a direção do SIG, o Twitter "não o fez até à data" e por isso "decidiu ter uma política de linha dura que recusa qualquer campanha de natureza política".

O organismo governamental destacou que tal política pode ser justificada para campanhas partidárias, esclarecendo que a ação do Ministério do Interior não se insere nessa categoria.

"É uma campanha a incentivar à participação na votação, é uma campanha de informação pública, não é uma campanha política ou de um partido ", enfatizou a direção do SIG.

"Não é a lei que se está a voltar contra nós, é uma plataforma que não está em conformidade", referiu a mesma fonte governamental.

Segundo a lei francesa, as plataformas digitais devem tornar público o montante pago pelas mensagens eleitorais, bem como disponibilizar um registo 'online' com informações sobre a identidade dos promotores de tais mensagens eleitorais.

Sofia Castro