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Imigração e habitação: Desinformação da campanha de 2024 está a repetir-se este ano

epa06631611 A slow shutter speed picture shows Malaysian man (C) walking through the streets while using his phone in Kuala Lumpur, Malaysia, 27 March 2018. The Malaysian government on the 26 March tabled a bill in parliament outlawing 'fake news'. Under the new bill, people distributing 'fake news' will face hefty sentences of up to 10 years in jail. Concern was raised by media freedom organizations that fear the new law could be used to silence journalists reporting on political issues.  EPA/FAZRY ISMAIL

Lisboa, 15 mai 2025 (Lusa) - O diretor de operações do Polígrafo, Filipe Pardal, considera que os padrões de desinformação da campanha eleitoral de 2024 estão a repetir-se este ano, com os temas da imigração e habitação.

Em entrevista à agência Lusa, Filipe Pardal afirmou que, em tempo de eleições, "as questões de desinformação não são propriamente diferentes daquelas que são as do resto do ano, apenas têm mais relevância e mais repetição".

O responsável do Polígrafo, jornal português de 'fact-checking', explica que durante as campanhas eleitorais "há muitas alegações de vários líderes partidários que já foram verificadas pelo Polígrafo há mais tempo, e muitas vezes voltam ao discurso partidário, não só pelos líderes, mas também pelas segundas linhas [dos partidos] e dos candidatos e deputados".

Quando isto acontece, Filipe Pardal refere a necessidade de reconfirmar, "ver se há dados novos, verificar se aconteceu ou não, analisar a questão e o porquê de ter voltado a ser pertinente no espaço público", pois, "em termos de eleições, muitas vezes, não há alegações propriamente novas, mas há um vincar de alegações que por vezes são desinformação para tentar capitalizar o voto".

Para o responsável, "as estruturas de comunicação dos partidos estão mais profissionais", pois há mais preparação para números, por exemplo, e "uma preocupação maior em não mentir, ou pelo menos em não ser apanhado em incongruências".

Filipe Pardal explica que anteriormente os partidos não eram tão rigorosos a apresentar alguns números, mas com o trabalho de verificação de factos "as estruturas partidárias começaram a perceber que, se não forem muito rigorosas, no dia a seguir serão confrontados com os números oficiais".

Durante as campanhas eleitorais, Filipe Pardal menciona que o Polígrafo tem também em conta o desafio da proporcionalidade entre os partidos políticos, dizendo que em relação às últimas legislativas em matéria de desinformação "os padrões repetem-se".

"Os grandes temas da campanha a nível de desinformação continuam a ser a questão da imigração, continua a ser a habitação e matérias que são importadas lá de fora para Portugal", conclui.

As eleições legislativas decorrem no próximo domingo, 18 de maio, e concorrem 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

Paulo Resendes