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Meta acaba com o seu programa de ‘fack checking’ nos Estados Unidos

Washington, 07 jan 2025 (Lusa) - A Meta vai acabar com o seu programa de verificação de factos nos Estados unidos, dando um passo atrás no combate à desinformação, avançou hoje o fundador da empresa, Mark Zuckerberg.


"Vamos acabar com os verificadores de factos e substituí-los por classificações comunitárias, semelhantes àquelas do X (antigo Twitter), começando pelos Estados Unidos", declarou Mark Zuckerberg numa mensagem nas redes sociais.


Segundo o fundador do Facebook, "os verificadores têm sido demasiado orientados politicamente e têm contribuído mais para reduzir a confiança do que para a melhorar, especialmente nos Estados Unidos".


O anúncio da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) surge numa altura em que os eleitores republicanos e o proprietário da rede social rival X, Elon Musk, se têm queixado repetidamente dos programas de verificação de factos, comparando-os a programas de censura.


"As recentes eleições parecem ser um ponto de viragem cultural que, mais uma vez, dá prioridade à liberdade de expressão", afirmou o chefe da Meta.


Ao mesmo tempo, o grupo deveria rever e "simplificar" as suas regras de conteúdo em todas as suas plataformas e "pôr fim a um certo número de limites sobre temas como a imigração e o género, que já não fazem parte do discurso dominante", acrescentou Zuckerberg.


O dono do Facebook tomou algumas decisões relacionadas com o Presidente eleito Donald Trump, incluindo um donativo de um milhão de dólares para o fundo que financia as cerimónias de tomada de posse previstas para 20 de janeiro.


O candidato republicano tem sido particularmente crítico da Meta e do seu patrão nos últimos anos, acusando a empresa de parcialidade e de apoiar pontos de vista progressistas.


Donald Trump foi suspenso do Facebook após o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, mas a sua conta foi reativada no início de 2023.


Entre as mudanças que se avizinham, a Meta vai transferir a sua equipa de "confiança e segurança" da Califórnia, geralmente mais progressista, para o Texas, um estado culturalmente mais conservador.


"Isto vai ajudar-nos a criar a confiança de que necessitamos para fazer o nosso trabalho com menos preocupações de parcialidade entre as nossas equipas", explicou Zuckerberg.


A empresa quer agora adotar uma abordagem mais personalizada, dando aos utilizadores um maior controlo sobre a quantidade de conteúdo político que querem ver no Facebook, Instagram ou Threads.



AJR // EA


Lusa/fim