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Rede X diz ter apagado “centenas de milhares de contas” de desinformação sobre Israel

epaselect epa10910409 Smoke rises following an Israeli air strike on Gaza City, 09 October 2023. More than 700 Israelis were killed and over 2,000 were injured since the Islamist movement Hamas carried out an unprecedented attack on southern Israel on 07 October, the Israeli army said. According to Palestinian officials, more than 700 people were killed and nearly 4,000 were injured as a result of Israel’s retaliatory raids and air strikes in the Palestinian enclave.  EPA/MOHAMMED SABER

Bruxelas, 12 out 2023 (Lusa) – A rede social X (antigo Twitter) anunciou hoje ter apagado ou assinalado “dezenas de milhares de mensagens” respeitantes ao ataque do Hamas contra Israel, após a Comissão Europeia ter ameaçado com represálias pela difusão de desinformação.

“Após o ataque terrorista a Israel, agimos no sentido de suprimir ou assinalar dezenas de milhares de mensagens”, escreveu a diretora-geral da X, Linda Yaccarino, numa carta publicada na conta do comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, em resposta a uma mensagem publicada pelo próprio na qual ameaçava a rede social com sanções por divulgação de informação falsa e conteúdos violentos.

Yaccarino acrescentou ainda na carta não haver lugar na X “para organizações terroristas ou grupos extremistas violentos”, garantindo que a rede social detida pelo bilionário Elon Musk continua “a apagar contas em tempo real”.

A responsável da X adiantou ainda ter criado um grupo de trabalho para acompanhar a situação, lembrando que as regras da rede social proíbem contas que defendam atos violentos e ainda mensagens em que é desejado mal a alguém.

Na quarta-feira, Thierry Breton abriu uma conta na rede rival da X e ainda em desenvolvimento, a Bluesky, que apenas é acessível por convite, após a divulgação na X de "informações falsas" sobre o conflito em Israel.

O grupo islamita palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada “Espadas de Ferro”.

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar “em guerra” com o grupo palestiniano.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como “grupo terrorista” pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.

Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado, Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.

Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, além do número de mortos de ambos os lados, cerca de 1.000 milicianos do Hamas foram abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde continuam os combates esporádicos, tendo cinco milicianos sido mortos na quarta-feira.

 

Observatório alerta para aumento de desinformação

No dia 10, o Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digital (EDMO, na sigla inglesa) já tinha alertado para um aumento da desinformação nas redes sociais, como a X (ex-Twitter), sobre a situação em Israel e Palestina.
Na sequência do ataque surpresa do Hamas contra Israel, no sábado, que levou Telavive a declarar guerra ao movimento islâmico na Palestina, o EDMO afirmou que “a desinformação já está a circular” nas redes sociais.
No alerta, publicado no ‘site’ https://edmo.eu/, o observatório dá o exemplo da rede social X onde “conteúdos enganosos estão a ganhar força” explicada pela “falta de medidas eficazes de mitigação de riscos” no ex-Twitter.
Há entidades, não identificadas, que estão a tentar “explorar a crise israelo-árabe” com "desinformação e distorcer” o que está a passar-se, a lançar “narrativas que têm como alvo” a União Europeia” ou ainda a NATO e a Rússia, “ligando os acontecimentos em Israel e na Palestina à guerra na Ucrânia”.
São utilizadas “imagens e vídeos retirados do contexto ou ‘recontextualizados’” para “promover narrativas de desinformação”, como já aconteceu, recentemente, com a pandemia de covid-19 ou a guerra na Ucrânia, lê-se na publicação EDMO.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como “Espadas de Ferro”.
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.

(Notícia atualizada às 14:27 de 12 de outubro de 2023)

IG/NS (JSD) // SB/RBF
Lusa/fim