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Rússia é o principal inimigo da França na guerra de informação

epa11177589 A participant stands next to a banner against Russian President Vladimir Putin during a demonstration in support of Ukraine, on the second anniversary of Russia's invasion of Ukraine, in Berlin, Germany, 24 February 2024. Ukraine on 24 February marks the second year since Russian troops entered its territory, starting a conflict that has provoked destruction and a humanitarian crisis.  EPA/FILIP SINGER

Paris, 27 fev 2024 (Lusa) -- O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse hoje que "a Rússia é hoje o principal inimigo" da França, "na guerra de informação, de agressividade".

Perante a comissão senatorial das Leis, o ministro, que comentava a recrudescência dos atos antissemitas, evocou as "ingerências estrangeiras" e acrescentou: "A primeira ameaça é uma ameaça russa. Incontestavelmente".

Darmanin regressou ao assunto das estrelas de David pintadas em imóveis da região parisiense e em Paris, em outubro de 2023, para repetir que resultavam da atividade de intermediários russos, considerando que eram uma ilustração deste tipo de "ingerência".

"É uma forma de espionagem 2.0, 3.0 e que temos de combater, porque acredito que o pior desta forma é não conhecermos a origem destes ataques, que sofremos no nosso solo", acrescentou o ministro.

Na semana passada, uma fonte próxima do dossier tinha afirmado à AFP que esta operação das estrelas de David pintadas tinha sido dirigida pelo serviço de informações russo [FSB], confirmando uma informação avançada pelo jornal Le Monde.

Neste caso, um casal de moldavos foi interpelado e o alegado mandante, um empresário moldavo pró-russo, identificado.

A França tinha condenado em novembro uma "ingerência digital russa", denunciando o papel de uma rede russa na "amplificação artificial e na difusão nas redes sociais de fotos das estrelas de David".

O ministro acrescentou que a Federação Russa não se limita à França nesta "guerra de informação, de agressividade", salientando que "muitos territórios ocidentais" são visados.

Especificou ainda que a Federação Russa "não é a única" a praticar estas ingerências. "Há outras potências asiáticas que fazem este tipo de ação", assegurou.

RN // RBF

Lusa/fim