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Trump promove “cimeira” de redes sociais para criticar media tradicionais

epa07710994 US President Donald J. Trump participates in the Presidential social media summit, in the East Room of the White House in Washington, DC, USA, 11 July 2019.  EPA/MICHAEL REYNOLDS

Washington, 11 jul 2019 (Lusa) -- O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai organizar hoje uma "cimeira dos media sociais", com várias figuras da direita radical nas redes sociais, para denunciar a "desonestidade e enviesamento" dos média tradicionais.

"Não os vamos deixar escapar por mais tempo. (...) Os media das 'fake news' não são tão importantes, nem tão poderosos, como os media sociais", escreveu hoje Donald Trump na sua página da rede social Twitter, referindo-se aos media tradicionais que estarão na mira da "cimeira" hoje marcada para os jardins da Casa Branca.

A "cimeira" juntará várias organizações e personalidades do setor conservador da política norte-americana que têm denunciado nas suas páginas nas redes sociais que os media tradicionais estão controlados pela esquerda, sendo essas personalidades frequentemente elogiadas por Trump, que junta a sua voz a essas críticas.

"Quando eu deixar o meu cargo, em seis, ou talvez 10 ou 14 anos (estou a brincar), eles já terão falido, por falta de credibilidade, ou de aprovação, pelas audiências", escreveu Trump, sobre os media tradicionais, na sua página de Twitter, explicando a importância da reunião que hoje organizou e em que participará.

Ao seu lado estarão figuras conservadoras radicais como Bill Mitchell, apresentador radiofónico que promove teorias de conspiração no Twitter; Ali Alexander, um ativista que se tem dedicado a tentar provar que Kamala Harris, candidata Democrata à Casa Branca, não é uma "negra americana", ao contrário do que ela afirma; ou James O'Keefe, que se autointitula "jornalista de guerrilha", procurando criar armadilhas para testar jornalistas dos média tradicionais.

Para Daniel Castro, vice-presidente da Fundação de Tecnologias de Informação e Inovação, o risco desta "cimeira" é "dar a algumas dessas personalidades mais excêntricas um verniz de legitimidade".

A reunião acontece num momento em que empresas de tecnologia, como a Facebook e a Google, são acusadas pelo Presidente dos EUA de estarem a promover censura às vozes conservadoras e nenhum representante dessas organizações está presente no encontro.

A Casa Branca não forneceu a lista dos convidados da "cimeira" e, em comunicado, apenas referiu que "depois de ter recebido milhares de mensagens, o Presidente quer relacionar-se diretamente com líderes digitais numa discussão sobre o poder dos média sociais".

 

Ricardo Jorge Pinto