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Turquia processa 30 pessoas por mensagens sugerindo morte do Presidente Erdogan

epa09553471 Turkish President Recep Tayyip Erdogan arrives for the G20 Leaders' Summit at La Nuvola Congress Centre in Rome, Italy, 30 October 2021. The Group of Twenty (G20) Heads of State and Government Summit will be held in Rome on 30 and 31 October 2021.  EPA/ETTORE FERRARI / POOL

Ancara, 03 nov 2021 (Lusa) -- As autoridades turcas processaram judicialmente 30 pessoas por divulgarem mensagens "falsas" e "infundadas" na rede social Twitter, sugerindo que o Presidente Recep Erdogan tinha morrido.

Um comunicado da polícia turca informou hoje que as 30 pessoas estão a ser investigadas por ter compartilhado mensagens com a 'hashtag' "olmus", a palavra turca que pode ser traduzida como "morto", estando agora indiciadas por terem difundido "desinformação e conteúdo manipulador", bem como por terem insultado Erdogan.

A saúde do Presidente Erdogan -- de 67 anos e que está no poder há quase duas décadas -- tem sido objeto de insistente especulação na Turquia, depois de vários vídeos divulgados nas redes sociais o apresentarem como uma pessoa enfraquecida e adoentada.

Numa tentativa para dissipar os rumores sobre a saúde de Erdogan, os assessores presidenciais divulgaram hoje vídeos na rede social Twitter onde o Presidente aparece a caminhar com firmeza, após uma viagem de avião entre Istambul e Ancara.

No mês passado, o gabinete presidencial já tinha difundido um outro vídeo em que Erdogan surgia a jogar basquetebol, para travar os rumores de que estaria doente.

A agência de notícias estatal Anadolu também divulgou hoje um vídeo com Erdogan numa receção oficial no seu palácio presidencial, onde deve receber quatro embaixadores até ao final do dia.

A aparição pública anterior de Erdogan datava de domingo, na cimeira do G20 em Roma, onde o Presidente turco se encontrou com o seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden.

Contudo, Erdogan cancelou a sua participação na conferência climática da ONU (COP26), em Glasgow (Reino Unido), onde era esperado na segunda-feira, alegando razões de "segurança".

Em 2011, Erdogan, na altura ocupando o cargo de primeiro-ministro, fez uma intervenção cirúrgica ao intestino, alimentando especulações sobre o seu estado de saúde, tendo um dos seus médicos negado que o Presidente estava com cancro.

RJP //CFF

Lusa/Fim