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Turquia vê um “escândalo” no encerramento de 7.340 contas pró-Erdogan no Twitter

epa08212558 A handout photo made available by the Turkish President Press Office shows Turkish President Recep Tayyip Erdogan waving as he addresses a group meeting of the ruling Justice and Development Party (AKP) at the parliament in Ankara, Turkey, 12 February 2020.  EPA/TURKISH PRESIDENT PRESS OFFICE HANDOUT  HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Istambul, Turquia, 12 jun 2020 (Lusa) -- O Governo turco classificou hoje como "inaceitável" e um "escândalo de dimensões históricas" o encerramento de 7.340 contas do Twitter na Turquia, associadas, segundo a empresa, "a redes de divulgação" de publicações favoráveis ao presidente turco.

A companhia norte-americana assinalou hoje em comunicado que as contas eliminadas estão associadas à "ala juvenil" do Partido da Justiça e Desenvolvimento (APK), no governo, e foram utilizadas para "amplificar as narrativas políticas favoráveis" aos conservadores islâmicos, no país presidido por Recep Tayyip Erdogan.

A empresa acredita também que esses "atores estatais" atacavam contas de entidades e organizações opositoras ao Governo, que foram "alvos repetidos de pirataria".

"A decisão da empresa e a tentativa de desacreditar o Governo turco e um movimento político popular são inaceitáveis", afirmou Fahrettin Altun, diretor da comunicação da presidência turca.

Alturn considerou o ato como "um escândalo histórico", baseado num relatório da empresa que apelidou de "ideológico".

"Este ato arbitrário, escondido por detrás de uma cortina de fumo de transparência de liberdade de expressão, demonstrou outra vez que o Twitter não é uma empresa baseada numa rede social, mas uma máquina de propaganda", acrescentou.

O responsável turco acusou a empresa de apoiar a propaganda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista na Turquia, União Europeia e Estados Unidos, e alertou para o "destino final" de organizações que "tentaram tomar medidas similares", sem dar mais detalhes.

A rede social Twitter anunciou hoje que baniu dezenas de milhares de contas envolvidas em ações de propaganda, controladas pela China, Rússia e Turquia, depois de a Comissão Europeia ter acusado Pequim de desinformação.

O Twitter desativou um "núcleo" de quase 24.000 contas vinculadas à China e cujas mensagens eram reproduzidas por outras 150.000 contas, que serviam como "amplificadores", em ações de propaganda e desinformação dirigidas por Pequim.

A rede social encerrou ainda 7.340 contas vinculadas à Turquia e 1.152 vinculadas à Rússia.

A rede social, com sede nos Estados Unidos, explicou que as contas vinculadas ao Estado chinês foram descobertas usando os mesmos métodos implementados em agosto passado para apagar contas vinculadas a Pequim, durante os protestos pró-democracia em Hong Kong.

"Toda a rede estava envolvida numa série de atividades manipulativas e coordenadas", justificou o Twitter.

A rede de contas publicou mensagens, sobretudo em língua chinesa e provavelmente destinados à diáspora, "com narrativas geopolíticas favoráveis ao Partido Comunista Chinês e narrativas falsas sobre a dinâmica política em Hong Kong".

A decisão do Twitter ocorre depois da Comissão Europeia ter acusado publicamente a China de espalhar desinformação sobre o novo coronavírus.

AXYG // FPA

Lusa/Fim