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UE deve ser “mais ambiciosa” na luta contra a desinformação- eurodeputada

epa07605210 An European flag hangs outside The Greens' party headquarters in Berlin, Germany, 27 May 2019. The Greens experienced a raise up to 20 percent of the votes in the European elections in Germany. The European Parliament election was held by member countries of the European Union (EU) from 23 to 26 May 2019.  EPA/FELIPE TRUEBA

Redação, 13 mai 2021 (Lusa) – É necessária uma maior transparência e facilidade de acesso aos dados e mecanismos utilizados nas plataformas digitais para combater a desinformação, defende a eurodeputada Sandra Kalniete.
Kalniete, que integra a Comissão Especial sobre a ingerência estrangeira nos processos democráticos da União Europeia, apresentou o terceiro documento de trabalho que será utilizado para elaborar uma resolução para o assunto e que será enviado ao plenário do Parlamento no final de 2021.
Os eurodeputados debateram no Parlamento Europeu e discutiram a transparência das plataformas digitais com representantes do Facebook, Twitter e YouTube.
"As plataformas não conseguiram esta autorregulação (...) para conter as interferências hostis", disse Kalniete durante o seu discurso, onde criticou que estas empresas recolhem e analisam "enormes quantidades" de dados privados, mas "não temos informações sobre como o fazem".
O documento apresentado sugere soluções para melhorar a proteção contra interferências estrangeiras que utilizam plataformas digitais para as suas ações, através de "um quadro geral global e uma abordagem governamental a nível europeu".
Os representantes das plataformas digitais delinearam as suas estratégias para combater a desinformação e justificaram que a transparência dos dados e a sua utilização está garantida, embora concordem com a necessidade de controlar as interferências externas.
"É importante perceber que muitas operações são nacionais ou domésticas e que as campanhas de interferência vêm não só de certos estados, mas também de "spammers" para fins financeiros", avisou Nathaniel Gleicher, chefe da política de segurança do Facebook.
O diretor de políticas públicas da UE no Twitter, Stephen Turner, defendeu que a sua rede social tentou dar espaço para o debate, mas teve "muita pressão para remover conteúdos nocivos".
"A remoção de conteúdos não alcança o objetivo de educar as pessoas", argumentou, apelando ao mesmo tempo para "abordagens flexíveis" que permitam novas soluções alternativas aos comportamentos problemáticos.
Marco Pancini, diretor de assuntos governamentais e políticas públicas para a Europa no YouTube, defendeu as parcerias público-privadas como uma ferramenta para combater a desinformação.
"É importante assegurar que o tratamento legal não viole direitos fundamentais, tais como a liberdade de expressão ou de acesso à informação", acrescentou Pancini.
Sandra Kalniete e outros eurodeputados também sublinharam a necessidade de verificadores capazes de combater a desinformação em outras línguas para além do inglês.
A eurodeputada reconheceu que as plataformas também trazem "grandes benefícios", e que é necessário "não deixar que o lado escuro das plataformas as envenene".

Nicole Gouveia